Powered By Blogger

sábado, 4 de junho de 2011

Quando sou fraco, é que sou forte



   Queria acordar pela manhã e sentir a presença de Deus, pelo menos ouvi-lo. É sofrido abrir os olhos, e começar um novo dia, percebendo a correria que você terá que enfrentar lá fora. Queria levantar e ver que posso ouvir apenas o cantar dos pássaros, o sopro dos ventos, o escorrer das águas da chuva, o silêncio, a paz, e ter a certeza que eles jamais me farão mal algum. Tudo é belo quando silenciamos o coração, quando passamos a ouvir o sopro de vida que insiste em continuar através dos fatos que se calam!
   Mas não vou mudar nada, entretanto, fico por aqui, imaginando, programando o próximo dia. Pelo menos posso escolher a próxima música, a nova cor, o novo gesto, a frase a ser dita pro "alguém". Em tantos ruídos espalhados nessa cidade, eu consigo isolar aqueles que me agradam, enquanto os outros vão formando um plano de fundo das emoções adormecidas. Já não me afetam. Porque passo a vê-los como poeira derramada, que não fazem sentido algum em existir.
   Mas existem...e não sou eu que vou jogar a poeira fora! Talvez elas tenham a parcela de significância que merecem. Mas quem vê isso? Poucos. Tão bom ser pouca, observar o pouco, lembrar do pouco. É esse pouco que me constitui, e do qual não me separo! Manterei esse meu jeito, de lembrar do pedaço que falta, mesmo que este pedacinho não mude em nada minha vida, mas foi por causa dele que um dia senti saudade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário