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sábado, 28 de maio de 2011

Preciso me Encontrar


Hoje cheguei ao final do dia em meio ao sofrimento, por descobrir que o amor não é meu melhor amigo. Eu o procurei a cada segundo vivido, e não consegui achá-lo, mas agradeço mesmo assim. Agradeço porque eu não quero amar, mas preciso perceber que ele existe. Apenas para acalmar essa vontade louca de gritar, de subir na colina mais alta, apenas para voltar a respirar, pois a angústia da espera me sufoca.
Eu não queria versos, canções, rostos, sorrisos...eu quero paz! Clamo a tranquilidade que insiste em se afastar de mim. Quero o sabor do novo, da conquista, da descoberta, porque ainda há muito a se viver. Eu não alcancei nem o primeiro degrau e já quero tocar o céu. Não entendi o porquê de me virarem as costas, mas não são essas atitudes que farão mudar o que verdadeiramente sou. Eu nasci assim! Difícil seria se eu quisesse remodelar o sal da terra, ou acalmar as torrentes enfurecidas. Mas não! Eu só queria que alguém falasse sem pronunciar palavras, porque elas não tem efeito algum nesse último segundo. O que mais preciso são dos seus gestos, do seu caminhar. Agradeço por cada milímetro andado ao meu lado, por cada força empregada ao tentar deslocar um objeto de um canto ao outro, só porque ele impedia a minha passagem, por cada esperar ao meu lado, pelos abraços seus. Obrigada.
Sim, eu lhe abandonei pelo progresso. Eu desisti de você porque pensava apenas em números, fórmulas, teorias, abstrações. Não sabia ainda que a maior descoberta estava no teu coração, renovado a cada amanhecer, nas vezes em que eu batia a sua porta apenas para lhe acordar, e te ver sorrindo com sono a me olhar.
Não, não vou procurar você nos outros, eu apenas parei, e sigo confiante os caminhos que me levarão ao começo. Afinal de contas, um dia nos reencontraremos lá. Usarei todo o meu sentimentalismo na escolha dos próximos livros a serem lidos, e dos projetos a serem postos em prática. Seu nome não aparecerá nas folhas, mas não preciso dele. Hoje ele se faz mistura de tudo que me distanciou um dia da felicidade. Quem sabe, eu não estaria mais aqui! Quem sabe, aquele encontro na pacata rua de uma cidade atordoada foi proposital para que eu pudesse despertar do estado inebriante e conformado no qual me situava. Amar não era aquilo, não é isso, não é fim. Amar é ser!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Amar é se permitir humanizar



De repente sua consciência muda. Os fatos que, anteriormente lhe eram agradáveis, se tornam demasiadamente irritantes. Seu coração se fecha a uma realidade que não lhe parece ser a melhor saída, e a única alternativa torna-se voltar ao começo. Sim, a destruição do coração humano é tão incoerente com seus ideais, que a melhor resposta para qualquer aflição se centra na capacidade de reiventar-se a cada dia. Despir-se da vestimenta antiga e assumir uma nova condição é se entregar à humildade. Aliás, o caminho pra tudo na vida começa pela humildade. É notório dizer que as pessoas preferem viver seus abismos racionais e materiais, ao invés de se encherem do amor incondicional. Amar incondicionalmente, sentimento intrínseco humano, se desagregou de nossos comportamentos e, por isso, toda a calamidade que estamos presenciando deriva desta situação. Ter esperança supera nossa calma. É difícil contrariar nossos desmantelos, reerguer-se em meio à destruição, esperar algo que não se vê e, muito menos, acreditar em pessoas que apenas nos apunhalaram enquanto estávamos desapercebidos, atordoados com nossas ilusões de acharmos que sozinhos seremos mais que completos.
Pensar no outro como objetivo de nossos trabalhos é aprimorar-se, ganhando recursos que não se encontram nos cofres ou prateleiras de comércio. Construir o amor independe de qualquer investimento ou categoria profissional. Então, subtende-se que para amar não é preciso formas, conceitos, graus ou posses. Envolve o agir "humanamente", condição que nos é dada gratuitamente. E como tem sido complicado "ser humano" nos dias de hoje. Acredito que humanizar é uma das formas de se trabalhar mais discutidas e estudadas durante a vida, e mesmo com todo o interesse e empenho em colocá-la em prática, parece-me contraditória a persistência do que seria "a burrice do homem moderno". Eu quero ser diferente, não prometo conseguir toda a resolução do que me aflige, mas quem sabe, abrirei um espaço para que a fagulha de amor no coração das pessoas possa reascender!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Eu e você



Tudo vai passar, eu sei. Mas a espera pelo desenrolar do sonho é sofrida. Todos os dias eu me deparo com várias incertezas, principalmente se eu serei realmente feliz. Felicidade é um conceito variável. Posso dizer que felicidade é apenas sorrir, mas isso não é definido por estados de humor. Minha alegria é quase um dilema existencial. Não quero "momentos felizes", pois, se assim serão, eu os deixo reservados para qualquer admirador dos prazeres saciáveis! Quero uma felicidade inatingível, rebuscada, elaborada, perfeita e semelhante ao que sou. Quero olhar no fundo de teus olhos e te dizer o quanto me fez falta. Mas agora és tudo! Tudo com o que eu podia sonhar ou imaginar se concentra em tua alma, teu agir, teus gestos, tua voz, tua pele, teu afago. Serena me tornei, porque é fácil abrir mão das coisas que tenho por você. Basta te olhar para decidir! Teu jeito doce de ser, você não muda, não se deixa influenciar pelo mundo, nem pelos teus deveres. Eu quero você pra mim, e não há razão alguma nas impossibilidades de continuarmos a nos negar. Você é acalento de outrora, raio do crepúsculo, fortaleza que revigora o dia. Eu caminho porque aprendi a te seguir, eu amo porque aprendi a te beijar, eu choro porque sinto teu coração no meu, eu espero porque sou a paciência do teu retorno, sou feliz em pensar no dia que teremos uma terceira pessoa, que surgirá após nosso encontro! Feito do mais puro amor. Fica comigo e me faz completa!