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sábado, 14 de agosto de 2010

Quem me roubou você?


Não sei se isso é mérito ou uma recompensa de boas atitudes na Terra, mas posso dizer que conheci o amor.
Quando ainda não havia tido o contato com esse estranho sentimento acho que eu era mais feliz, estranha, mas era feliz. Não possuía apegos, ou qualquer dramatização. Não sentia saudade, nem morria de chorar, nem tinha vontade de sumir ou de matar alguém. Não vivia um estado de dependência, não me sentia esquecida.
Só sei que o início de minha fase adulta foi marcante. Conheci o amor da minha vida muito nova, e para mim, foram os meus melhores dias os que se passaram ao lado dele! Como a vida pode se resumir em uma única pessoa? Foi muito fácil fazer tal façanha, bastou que eu olhasse nos olhos dele e dissesse “eu te amo”! E desde então, jamais pude esquecê-lo!
Todo dia, era um acordar e dormir sem defeitos! Era um querer e estar permanentemente ao lado! Era um sufoco sem proporções! Mas eu me sentia completa, eu dependia do afago, do abraço, e do sentir a respiração dele no meu rosto mesmo que fosse pra me dizer que estava cansado de querer mudar as coisas e não ver solução!
Nada no universo era capaz de me abalar. Podiam ter brigas, podiam ser “guerras”, mas quando o amor é maior sempre há uma solução, sempre há uma esperança, e mais importante ainda, uma razão para acontecer ou não!
Razão pra estar e a razão pra não estar com você. Só é essencial que se analise e se reflita sobre em qual das razões repousará sua decisão, antes de aniquilar aquele que lhe transferiu toda a confiança de seu interior.
O fato de nos encontrarmos em uma determinada situação não é solo para se dizer que não poderemos jamais prosseguir em outros caminhos. Até o amor pode se decidir por encontrar aquilo que lhe permitirá sobreviver. Infelizmente, sempre a questão do amar nos constituirá seres inacabados! O amor não pede pra existir sem a doação, sem o respeito e sem a serenidade. Amar é complicado sim, mas ainda é vital e nosso único motivo de sorrir.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Amar e seus absurdos


 Não preciso nem explicar muito sobre esse título! A idéia de denominar esse blog como “Amar é infinitamente absurdo” surgiu de um episódio inusitado. Em meus dias de faxina semanal, em minha casa, encontrei nas coisas de minha mãe uma antiga colcha de cama que havia pertencido a mim quando criança. Hehe! Era a coisa mais fofa e ao mesmo tempo mais irreal possível. Um casal de crianças apaixonadas com frases de amor estampava a colcha. “Amar é...” tornou-se muito famosa na minha infância, dentre os artigos infantis de cama, pelos desenhos sugestivos.

Amar é dar a ela sempre o primeiro lugar (garotinho entrega um troféu a amada), Amar é levá-la para jantar (casal sentado numa mesa se alimentando no restaurante enquanto se olham apaixonadamente) e um monte de outras figurinhas que coloriam a colcha!

Amar é I-N-F-I-N-I-T-A-M-E-N-T-E absurdo! Esta foi a primeira nova frase daquele tema que surgiu na minha mente. Principalmente naquele momento em que eu vivia, ou tentava viver. Não é querendo fazer desabafo, mas quando vi aquela colcha comecei a sorrir sozinha. “Isso nunca existiu!” Nossa, e pensar que no tempo em que ganhei a colcha e li aqueles pensamentos achei o máximo. A colcha passou a servir de modelo para quando eu fosse adulta e chegasse a casar. Tudo desmoronou!

Mera ilusão!Mas...indo no âmago da questão que todo mundo se faz, não é nada mais nada menos o pensamento egoísta que causa tudo isso. Enfim, já estou farta de sempre falar Amai à teu próximo como a ti mesmo e ainda continuar tendo que ver o caos do abandono, da rejeição e da falta de companheirismo e fraternidade. Ainda sobrevivem os que se incomodam com todas essas injúrias porque se fortalecem pela sua força interior.

Até quando o homem se submeterá a desistir daquilo que sonhas? Até quando estaremos inertes diante da desgraça Terrena? Amar é absurdo sim! Absurdo existir um sentimento que te faz invencível, mas que ao mesmo tempo te faz um alienado. E o que faremos com aqueles que continuam a recusar o amor? Será mais um assunto em outro texto!

Defrontamos-nos com o paradoxo do amar pra viver em vez do viver pra amar. É inegável que o amar tem que vir primeiro, já que o amor é a porta de entrada para a vida. Talvez o contrário seja o causador da morte. Quem vive sem amor é rocha, nunca vai respirar, e ainda se desintegrará diante da força de outro. Alguém lembra do ditado água mole em pedra dura tanto bate até que fura? Pois é, nem a pedra rígida resiste diante da água (amor), inofensiva, mas que nunca se fez abater. A morte ganha lugar quando o amor não consegue exercer o seu papel devido à incredulidade e frieza do homem.

A vida saudável clama por sua formação no amor. Homem e mulher, unidos em eterno amor, darão sempre a oportunidade de colocarem no mundo aquele que foi gerado segundo a vontade de seus corações e que propagará ensinamentos bons independente de qualquer situação que esteja. Outra frase para a colchinha: “Amar é acreditar que o amor existe!”

domingo, 11 de julho de 2010

Sentido da vida


    Eu considero que o ato de amar vai muito além de mera ação ou ideologia. O fato de estarmos constantemente em busca deste sentimento faz-se acreditar na certeza de que tudo o que existe apenas faz sentido quando caminhamos ao lado dele. Comecei a perceber isso quando li Leonardo Boff - Saber Cuidar. Quem nunca se viu às voltas de vitórias profissionais, financeiras, materiais e ao mesmo tempo sentia que faltava algo mais? Em nenhuma outra época foi tão intensa a procura pela satisfação amorosa, tanto nos termos familiares e sociais quanto para a explicação de nossa existência. E não é nada complexo! Torna-se simples a partir do momento em que percebemos todo o tempo desperdiçado para corrermos atrás de coisas fúteis que na verdade não completou em nada o vazio da alma que chora pelo afeto.

      A violência e as outras deturpações do amor são vistas todo santo dia na TV. Mortes, guerras, egoísmo, crueldades que sempre existiram, mas que tomam uma proporção arrasadora a cada suspiro por razões que nem entendemos muitas vezes. E o pior: não nos interessamos a mínima em procurar resolver. Pensamos logo: “Eu nem vou mudar nada sozinho, não é mesmo?” Sei que é duro, mas, enquanto o homem permanecer com pensamentos egocêntricos e se recusar a olhar as limitações e necessidades do outro a harmonia na Terra jamais será restabelecida, e o sonho do verdadeiro amor passará de “conto de fadas” para “lenda urbana”. Lembrem-se disto!

Odiar o amar?


Minha vida não foi um romance...
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amar, não digas, que morro
De surpresa... de encanto... de medo...

Minha vida não foi um romance
Minha vida passou por passar
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.

Minha vida não foi um romance...
Pobre vida... passou sem enredo...
Glória a ti que me enches de vida
De surpresa, de encanto, de medo!

Minha vida não foi um romance...
Ai de mim... Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso.. de um gesto.. um olhar...

(Mário Quintana)