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domingo, 19 de junho de 2011

Construindo muralhas


  Começar um relacionamento é a coisa mais difícil que existe, agora, terminar qualquer tipo de união ou vínculo, seja ele de amizade ou de amor, é extremamente fácil. Uma única palavra pode por tudo a perder, ainda mais quando um dos envolvidos é da classe dos "sentimentais". Eu sou assim, pelo menos, eu penso que sou assim. Um acontecimento de décadas atrás pode se tornar um fantasma de meus pensamentos, eu guardo tudo mesmo! Deve ser por isso que prefiro seguir a idéia de "nem começar". Podem me achar drástica, mas é o que sou. E é por isso que está mais do que na hora de passarmos a olhar os relacionamentos do aspecto "ser". Descobrir o que o outro é, daí se desenrola o amor.
   Deitada no sofá da sala, num dia de domingo, fiquei refletindo sobre os círculos de convivência humana. E, na mesma hora, me vieram a tona imagens da natureza. Os animais irracionais devem ser bem mais felizes do que inúmeras pessoas por aí afora, que preferem "comprar" ou "exigir" o amor de alguém que lhe chamou a atenção. Amor é cultivo, cuidado, paciência. Os animais fazem isso, e creio que não sofrem, não mais do que eu já sofri.
   Dá trabalho? Sim! Ninguém disse que seria fácil achar alguém pra dividir suas coisas pro resto da sua vida, e eu considero, que esse alguém precisa ser quase perfeito a ponto de ser suportado por uma mulher exigente e sistemática. A maioria das mulheres são assim, metódicas! Comparam laranjas com maçãs. E acho que quem tem que mudar aqui não somos nós, mulheres. Não acham?
Porque, é essencial sim ter alguém. A realização do indivíduo é ser relevante para outro, seja ele sociedade, família, igreja, escola, trabalho, e eu acredito que o "outro-família" é o que mais nutre nossos vazios de amor. Hoje eu vi um olhar sincero, ao ver um pai olhar carinhosamente pra seu filho, no colo da mãe.
   Penso que o amor pode ser como um trabalho qualquer. Você pode criá-lo do jeito que você quiser. Agora, se ele vai durar pra sempre, ou será apenas mais uma brincadeirinha de jovem, aí depende de cada um. Duvido que esses casamentos eternos tenham surgido em boates, shows, curtições. Lugares assim não foram feitos para encontros de "almas", mas são perfeitos para a alienação. Não quero dizer que todos os lazeres do mundo atual nos fazem mal, mas é necessário uma visão crítica sobre o que há de bom na noite.
   Eu não quero construir uma muralha entre mim e o amor, eu só não quero ser uma desbravadora dos corações alheios. Quero que ele venha até mim da forma mais amena, simplesmente porque ele quis chegar, sem cobranças, sem imposições. Isso não é ser apática e nem é querer criar um modelo de amor. Mas sim, permanecer a esperar uma pessoa, que resolveu se aproximar pois viu em meus olhos aquela que sempre sonhou em ter para sempre.

Um comentário:

  1. Sinceramente, uma boa produção textual, mas algo me deixou extremamente perturbado. Não apenas uma, mas duas coisas, em exatidão :
    1 - Feminismo atacou! - Explicação : sou contra eventuais exageros de ideologias, tanto Machismo, como Feminismo, são formas obtusas e pouco proveitosas de se ver o Mundo em que vivemos, apenas isso.
    2 - Certo comodismo! Sim, comodismo. Não é só esperar, mas viver e se permitir. Deixar apenas o "vir" entrar em ação, nunca terá nada, apenas desilusões e críticas quando escrever algo, seja em qual tom que for, do amigo aqui. É isso. Quando se quer, se tem, se conquista! Nada vem até seu colo, ir a luta é essencial.
    É isso, de parabéns, como sempre, mas dessa vez me antipatizou esses detalhes.
    Para terminar: seja a mudança que você quer do Mundo!

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