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sábado, 13 de abril de 2013

Horizonte

  
     Pequeno limite que separa o percebido do imaginável. Atmosfera recriada com o inebriante avistar dos sonhos, calcado no relance de um pensamento apaixonado. Me vejo como fagulha solta, derradeiro passo em direção ao princípio da vida. Mistério científico, mitológico, ontológico. Assim surgimos, criaturas voltadas à luz, dependentes de se autoafirmarem, com todas as possibilidades em suas mãos. Começam a trilhar poucos passos. Se lançam em uma direção, perseguem outra, acumulam peças, e aos poucos constroem um tesouro de valor inestimável que, inequivocadamente, recusam. Eis nossos contrários. A beleza da existência repousa nessas contradições.
      Eu acredito na bondade humana. Tropeçamos em nossos passos claudicantes quando nos permitimos um refúgio no subconsciente poluído de experiências negativas que acabaram constituindo uma identidade que não é própria de nossa essência.

Um comentário:

  1. Apesar de você ter me tirado da sua vida sem nenhum motivo aparente ou por algum motivo que até hoje eu desconheço, continuo a vir aqui, vez ou outra, para ver seus belos textos, sem dizer nada (até hoje).

    Ótimos textos (como os seus), independente da autoria ou das circunstâncias, devem ser sempre admirados, internalizados e quando possível, vividos. E a forma como você coloca suas palavras é deveras harmônica e demonstra muito sentimento para quem lê, além de utilizar um vocabulário perfeito, pura poesia, poderia eu dizer.

    Desculpe se essa postagem tomou um pouco de tom de desabafo, mas, é que hoje a vontade de externar meus sentimentos sobre tudo o que ocorreu, venceu a minha razão de ficar somente
    'observando você no horizonte".

    E se algum dia entender que deve, e lembrar desse amigo que "te observa em silêncio", sabe onde me encontrar e, sabe que estarei esperando você voltar a fazer parte da minha rotina, mais do que tão -somente a relação blogueira-poetisa-leitor.

    Abraço!

    Hugo Campos (Maranhão)

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