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sábado, 30 de abril de 2011

Há Tempo



Não sei onde se esconde a minha alma. Eu nem ao menos sabia que papéis com letras poderiam se transformar em janelas, que chegam aos confins dos seres, e após isto se abrem a um mistério intrigante: o de sentir-se como um ser único e vivente, mas que clama por felicidade. Eu não posso ouvir comparações ou histórias alheias, porque elas não serviriam para mim, mas sou movida por estes casos. Há quem diga que não se pode ser comparado, mas se não o formos, nos tornamos objeto ilusório, dissociado e capaz de transpor barreiras que não nos levarão a lugar algum. Eu queria sim, ser comparada todos os dias, aos grandes filósofos da antiguidade e vida contemporânea. Porque são deles que fui feita. Foram de seus questionamentos que passei a entender porque existo e para onde vou. Assola-me o medo, de conseguir pensar em um mundo melhor e mais justo, mas que precisará sucumbir até ressurgir. Eu não queria me infiltrar neste problema. E quantas mazelas restarão para serem salvas depois disto. Eu nem consigo calculá-las. Resta-me angústia, incerteza, sofreguidão, destruição... de novo, de novo. Um carro corre, gritos de terror, uma criança chora, um sino toca. É chegada a hora. Esse é o momento. Estou pronta, e não posso parar. Deus me chama.

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